João João: 18. 19. Então, o sumo sacerdote interrogou a Jesus sobre seus discípulos e sua doutrina. Declarou-lhe Jesus: “Eu tenho falado francamente ao mundo; ensinei frequentemente nas sinagogas e no templo, onde todos os judeus se reúnem, e nada disse em segredo. Por que me interrogas ? Pergunta àqueles que me ouviram o que lhes falei; eles bem sabem o que Eu disse".
Ficou óbvio que o objetivo deste interrogatório não foi apurar os fatos, à procura de justiça. A sentença estava previamente determinada. O sumo Sacerdote sabia o motivo pelo qual mandou prender a Jesus e apenas provocava tentava montar alguma atitude incriminadora, ou uma armadilha verbal para ter como enquadrá-lo em algum tipo de jurisprudência.
Jesus jogava limpo e tudo o que dizia ou fazia ocorria na luz. Não poderia ser acusado de formação de quadrilha, sedição, lavagem de dinheiro, levante ou qualquer outra trama. Este tipo de coisa a gente cochicha na penumbra e não nos auto falantes das sinagogas.
Na sua frente estava uma pessoa formada na mesma cartilha dos nossos políticos onde se aprende a dominar a arte de parecer algo que não é. Ao ouvir Jesus declarar que fazia tudo às claras, vestiu a carapuça e pulou em cima do pedestal que construíra para si mesmo. Desta posição não estava disposto a arredar o pé e para mante-la representaria qualquer papel, seja de cordato, indignado, manso, autoritário ou humilde. Este tipo desenvolve a impressionante capacidade de passar rápida e facilmente de um personagem ao outro. Participa das cenas piedosas e delega o serviço sujo para algum acessórios inescrupuloso. Tudo pela causa, diriam. Provavelmente saiu dali para celebrar algum ritual que exigia profunda reverência, o que não é tão difícil de fazer.
Creio que já foi dito o suficiente e qualquer semelhança não é mera coincidência.
Ubirajara Crespo
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