24/02/2014

O divorciado na Igreja

O divórcio do jeito dos fariseus ou do jeito de Jesus? 

O divórcio foi um recurso usado erroneamente. Acontecimentos banais são usados como motivos para o divórcio. A sociedade, cada vez mais tolerante com a infidelidade, se acostumou com aquilo que parece a solução mais facil: a separação.

No Brasil o divorcio é permitido há anos, e as novelas fazem com que pareça uma decisão normal. 

Dt 24.1. Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, se ela não achar graça aos seus olhos, por haver ele encontrado nela coisa vergonhosa, far-lhe-á uma carta de divórcio e lha dará na mão, e a despedirá de sua casa.

A declaração que abriu uma brecha que facilitou a dissolução do casamento foi: "por haver encontrado nela coisa vergonhosa". Os mais libertinos interpretes desta lei, procuravam tornar esta expressão o mais abrangente possível. Nos dias de Moisés até o arroz queimado era classificado como "algo vergonhoso".

Jesus interpretou o divórcio como uma concessão feita por Moisés, por causa da dureza daqueles corações. Para Jesus, o comportamento vergonhoso que justifica o divórcio é uma relação sexual ilícita (πορνεια, porneia, no grego).

Naquela época, o divórcio era extremamente humilhante para a rejeitada, fosse-qual-fosse o motivo. Acreditavam que este pecado só era cometido pela mulher, que durante a separação era tratada de forma humilhante. 

Mateus: 5. 31. "Também foi dito: Quem repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo que todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a faz adúltera; e quem casar com a repudiada, comete adultério".

A repudiada citada aqui, é a pessoa que foi dispensada da relação, mesmo sem ter adulterado. Neste caso, a carta de divórcio deveria ser considerada como ilegítima. O repúdio é que deveria ser tratado como um crime.
A incompatibilidade de gênios, o mau cheiro e a roupa mal passada, não se encaixam na lista dos motivos que permitem a separação. 

Segundo Jesus, ao dar a carta do divórcio, você trata o seu cônjuge como adúltero (a), pois este é o único motivo aceito por Cristo. 
O Antigo Testamento diz que no documento de divórcio deveria constar o motivo da separação, o que daria ao repudiado a libertação da opressão de um casamento mal feito.

Algumas instruções extras:

Textos tirados de 1 Coríntios 7.

1. Como deve ficar aquele que repudiou o cônjuge por motivo banal?

"se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher (v. 11) - Note que este é quem recebe a punição maior.

2. O que fazer com o que foi rejeitado por outro motivo, que não seja o adultério?

“Mas, se o incrédulo se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou a irmã, não está sujeito à servidão; pois Deus nos chamou em paz (v.15) - Devemos considerar o repudiado por motivo banal, como se estivesse solteiro (livre).
Somente ande cada um como o Senhor lhe repartiu, cada um como Deus o chamou. E é isso o que ordeno em todas as igrejas. Foi chamado alguém, estando circuncidado? Permaneça assim (v. 17,18). É o que diz o texto bíblico.

3. O que fazer com aquele que chegou na Igreja divorciado e já no segundo casamento?

- Irmãos, cada um fique diante de Deus no estado em que foi chamado (v. 24) - aquele que ao se converter, estava casado com uma segunda mulher, teria o direito de continuar com ela, pois foi neste estado que conheceu a Cristo. 

4. Como tratar a pessoa, quando não é ela a adultéra?

“A mulher está ligada ao marido enquanto ele vive; mas se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor" - isto se parece com uma recomendação de a tratar como uma viúva.
-No Antigo Testamento, o adúltero recebia a sentença de morte e seu cônjuge se tornava viúvo. O adultério não gerava divórcio, mas a pena de morte.
⏩Levítico: 20.10. O homem que adulterar com a mulher de outro, sim, aquele que adulterar com a mulher do seu próximo, certamente será morto, tanto o adúltero, como a adúltera.
▶ Em qualquer circunstância o divórcio não pode ser a primeira escolha.
-Antes dele vem o trauma do perdão.
-O processo de reformulação do casamento. 
-A preocupação com os filhos. 
-A busca pelo milagre da reconciliação. 
-Participação em encontros de casais. 
-A readaptação. 
-O estudo da Palavra. 
-O conselheiro.

Estas são apenas algumas sugestões.

Nosso ensino a respeito do divórcio, deve ser protegido de nossa tendência de adaptá-lo às necessidades humanas. Procuramos justificativas para a separação, mesmo sabendo que o casamento foi inventado por Deus e que ao tentar desfazê-lo estamos dizendo que temos uma opção melhor do que a de Deus. Não podemos tratar o casamento levianamente mas manter uma palavra dada é mais importante do que o nosso bem estar pessoal e tem prioridade sobre nossas conveniências. 
Na maioria das vezes alguns ajustes no nosso lidar diário, pode colocar as coisas no lugar. 

Ubirajara Crespo

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