09/10/2017

A liderança cristã não deixa de lado os necessitados, antes lhes dá a preferência

“Davi retirou-se dali e se refugiou na caverna de Adulão; quando ouviram isso seus irmãos e toda a casa de seu pai, desceram ali para ter com ele. 

1Sm 22.1


Enquanto o comandante filisteu decidia o que fazer com Davi, que no seu julgamento, sofria um surto psicótico, ele resolveu sair de fininho e se esconder. Uma caverna lhe pareceu ser o lugar certo. Não era o local mais apropriado para alguém que foi ungido rei, estabelecer o seu trono e muito menos acompanhado por um pequeno exército composto por quatrocentos fracassados. 


"Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens. Dali passou Davi a Mispa de Moabe e disse ao seu rei: Deixa estar meu pai e minha mãe convosco, até que eu saiba o que Deus há de fazer de mim.”

1Samuel 22:2,3


A situação não parecia propicia para a conquista da coroa. Note, que o próprio Davi era um injustiçado e talvez por isso atraísse pessoas como ele, pois precisavam de uma liderança disposta a defender a sua causa. Aprender a governar pessoas rejeitadas era mais uma das lições a ser absorvida pelo futuro Rei de Israel. Saul, ao contrário de Davi, representava da elite, não frequentou este tipo de escola, nem sentiu na própria carne, o peso da rejeição, por isso fracassou. Foi empurrado para o trono pela pressa e pela pressão popular, que achava ser a monarquia o regime que conservaria a nação intacta. Israel estava decadente e à beira da extinção, devido aos massacres impostos por seus inimigos.


Os desafortunados são sempre, a maioria dos cidadãos de uma nação e Saul não governava para eles, mas contra eles. Em contrapartida, Davi era homem do povo e governava para o povo. Não se destacou nos palanques nem com discursos populistas. Ele conquistou o povo com suas vitórias nas batalhas. Deus era o centro do seu reinado e o seu caráter foi forjado na fornalha e na bigorna e não com técnicas oratórias que mexem com as emoções mas despreza o intelecto do povo. Foram 10 anos de preparação útil e apropriada para o momento difícil vivido pela nação.


“Dali passou Davi a Mispa de Moabe e disse ao seu rei: Deixa estar meu pai e minha mãe convosco, até que eu saiba o que Deus há de fazer de mim.”

1Samuel 22:3 


Mesmo passando por grandes apertos, Davi não perdeu o afeto por seus pais e se preocupou com a sua segurança, deixando-os sob os cuidados de um amigo. As muitas lutas podem endurecer e amargar a alma, mas Davi não perdeu a doçura.


“Porém o profeta Gade disse a Davi: Não fiques neste lugar seguro; vai e entra na terra de Judá. Então, Davi saiu e foi para o bosque de Herete.”

1Samuel 22:5


A popularidade de Davi crescia entre o povo israelita e Saul não recebeu o apoio necessário para eliminar alguém, que ele mesmo elegeu para ser seu inimigo. O povo percebeu, que Davi era um homem de bem e não forneceu a Saul as informações, que facilitaria a sua captura. O rei estava só, sem credibilidade e sem força. Este é o destino final de todo déspota. Melhor ser servo.


Ubirajara Crespo 

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