12/05/2014

Escala de valores para temas bíblicos

Escala de valores para temas Bíblicos

Será que batalha espiritual é um assunto tão importante assim?

Trimilique e esperneada resolvem o problema de alguém?

Pelo que deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição, não lançando de novo o fundamento de arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, e o ensino sobre batismos e imposição de mãos, e sobre ressurreição de mortos e juízo eterno. E isso faremos, se Deus o permitir (Hb 6.1-3).

Libertação e Batalha Espiritual, são assuntos aos quais Jesus dedicou apenas uma pequena parte de seu tempo, nunca se aprofundou sobre este tema e não o colocou em posição de destaque durante os seus discursos. Exemplo disto foi o Sermão da Montanha, considerado por toda a cristandade como o eixo em torno do qual gira toda a nossa fé. Durante este sermão, Jesus esbarrou, levemente, neste assunto quando nos ensinou a orar dizendo que deveríamos pedir ao Pai, que nos livre do mal e que nos ajude a não cair em tentação. Fez isto, sem mencionar a origem do mal e da tentação, que na maioria da vezes, procede de nossas próprias inclinações carnais.

A abordagem neopentecostal da Batalha Espiritual, põe todo o seu foco sobre batalhas entre homens e demônios, o que não é o que a Bíblia nos ensina. Sua abordagem é direcionada ao coração humano, do qual procedem as saídas da vida.

O mesmo tratamento do tema foi dado pelos apóstolos, que tratavam este confronto direto, como real, mas tendendo mais para o eventual do que para o corriqueiro. Reproduziram a mesma perspectiva demonstrada pelo nosso mestre maior: Jesus Cristo.

Apesar de não colocar este assunto como parte principal alicerce da fé cristã, tanto Jesus, como seus discípulos mais imediatos, não o deixaram de fora em seu dia a dia nem das suas considerações. Queiramos ou não, o nosso envolvimento com batalhas nossas e dos outros, é real. Jesus nos exortou a vigiar, mas deu fortes indicações de que esta vigilância deve se concentrar em nós mesmos e não em demônios, os quais se aproveitam das fraquezas de nossa carne.

O Novo Testamento possui mais de mil mandamentos (Mt 26.41. Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.), cerca de trezentos deles são classificados como mandamentos mútuos (Rm 12.10. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros),  e uma grande quantidade  incentivam a adoção de atitudes positivas (Lc 6.36. Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso).

A Bíblia apresenta diversos assuntos, dando a eles uma perceptível escala de prioridades:

1. destaca os essenciais.
2. fala o suficiente sobre o que é importante.
3. aborda ocasionalmente os temas menos prioritários, mas que nem por isto deixam de ser importantes.

Me parece que alguns ministérios procuram inverter está tabela e se debruçarem, principalmente, sobre aquilo que a Bíblia menos fala. Não me parece ter sido à toa que vemos na Bíblia livros e grandes porções deles  falando sobre escatologia (Apocalipse, Daniel, 1/2 Tessalonicenses, MT 24), sobre amor e unidade (1João e João 15), sobre Cristologia (Colossenses), inúmeras citações sobre heresias (Judas, 2Pedro), sobre casamento (Cantares), sobre o consolador (João 16), sobre sofrimento (Jó), etc.

A Igreja Local é o centro das atividades divinas e tudo o que acontece no Reino de Deus, deve proceder dela. Sei que temos problemas, cada maiores, para definir o que é uma Igreja Local, mas devemos continuar procurando, pois este é um dos temas mais abordados pelo Novo Testamento.

Ubirajara Crespo

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