29/01/2016

Mensagem e mensageiro, a dupla inseparável dentro e fora do púlpito

O Púlpito, é uma passarela onde só deveriam desfilar princípios bíblicos e seus praticantes.



O livro de Salmos, embora seja de grande valor litúrgico, não foi escrito com o objetivo de lançar profundas bases bases teológicas.

Veja um exemplo disto no Salmo 137: “ali os nossos captores pediam-nos canções, os nossos opressores exigiam canções alegres, dizendo: “Cantem para nós uma das canções de Sião!” Como poderíamos cantar as canções do Senhor numa terra estrangeira?”

Antes de mais nada, é bom saber, que o livro de salmos, não foi escrito com o objetivo de formular doutrina. Podemos até dizer, que o seu foco maior não era trazer uma mensagem de Deus ao homem, mas ao contrário, mostra homens falando para Deus, a respeito daquilo que sentem. Isto inclui desabafos, dúvidas, temor, amargura e vingança. 

“Lembra-te, Senhor, dos edomitas e do que fizeram quando Jerusalém foi destruída, pois gritavam: “Arrasem-na! Arrasem-na até aos alicerces!” Ó cidade de Babilônia, destinada à destruição, feliz aquele que lhe retribuir o mal que você nos fez!” (Sl 137:7,8).

Quando um salmista a Deus, que se vingue dos seus inimigos, isto não significa, que ele tenha concordado em participar da montagem daquela quadrilha assassina, ou aprovasse este sentimento. Este é muitos outros salmos foram escritos por corações capazes de expor suas feridas diante de Deus em busca de possíveis soluções.

Cultuar Deus na Babilônia, uma terra estranha, foi uma decisão tomada por Daniel, que foi jogado na cova dos leões por causa disso. Por outro lado, cantar música da Babilônia em Sião, ou seja, em ambiente de culto a Deus, seria considerado uma abominações pelos judeus. 

Elementos culticos (imagens, amuletos e canções) usados durante momentos de adoração a outros deuses não eram aceitos no Antigo Templo de Jerusalém. A simples existência destes objetos nos bastidores Templo provocou, em muitas ocasiões, uma fachina, que, em algumas ocasiões incluiu a exclusão daqueles, que os trouxeram para lá. Havia até sacrifícios humanos oferecidos nos seus altares. 

Antioquo Epifanio, chegou a oferecer uma porca no altar onde os cordeiros eram sacrificados. Em Mt 24, lemos Jesus corroborando uma profecia de Daniel, onde se prevê a ocorrência de algo parecido, atitude que será imitada pelo próprio anticristo.

Trazer homens como Raul Seixas para cantar em minha Igreja, seria algo parecido como convidar políticos corruptos para pregar.

Biblicamente falando, a gente não prega uma mensagem, a gente transmite vida, compromisso e fé. Nãosou um CD ou um boneco falante, e não trago apenas uma mensagem, mas a mim mesmo, o Bira. A vida do pregador ou do cantor corroboram o que ele fala e o que ele canta.

Eu não traria Raul Seixas, Buda, Maomé, Fidel, Stalin (vivos ou mortos), Fernandinho Beira-mar e Hitler, só porque ele também falam algumas coisas boas, mas não são podem ser apresentados como modelos de vida cristã total, como Paulo disse a seu próprio respeito. Faça o que eu digo e imitem o que eu faço.

O púlpito é o tipo de passarela por onde só deveriam passar, aqueles que são modelos de doutrina, fé e comportamento.

Jesus repreendeu severamente os fariseus porque tinham uma mensagem bonita, mas uma vida feia. Não há como separar a obra do seu criado, a mensagem do pregador, nem isolar o princípio do seu praticante.

Ubirajara Crespo 

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